Pesquisar este blog

sábado, 14 de outubro de 2017

Ozanildo Mesquista


OZANILDO ALMEIDA DE MESQUITA, natural de Antônio Martins-RN,  nasceu no dia 10 de outubro de 1966. É  filho de Gentil Alves de Almeida e Maria Helena de Mesquita, o mesmo faz parte de uma numerosa família de doze irmãos. Teve uma infância muito pobre, morando na zona rural com pais agricultores,  conviveu com a experiência de vários anos de seca,  isto explica as poucas condições de vida que a família tinha. Mas o desejo de estudar nunca deixou de existir e teve a coragem de sair de casa para avançar nos estudos, pois sempre acreditou  na educação como forma de melhorar as condições de vida. 

Seu trajeto escolar foi extenso, pois, iniciou os estudos no Sítio Vira Mundo, município de Antônio Martins, lugar onde os pais residem até hoje. No ano de 1979 foi residir na casa de seus avós, onde cursou a antiga quarta série na Escola Estadual Zenon de Souza, o ginásio e o segundo grau na Escola Estadual 11 de Agosto, ambas na cidade de Umarizal/RN. Seu primeiro curso superior foi Ciências Naturais, o segundo curso foi Matemática, ambos no Campus de Patu/RN, que pertence a Universidade Estadual do Rio Grande do Norte(UERN) e o terceiro curso foi em Ciências Biológica pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte(UFRN)  - Pólo da EAD em Martins/RN. 

Fez Especialização em Educação Matemática pela FIP - Faculdade Integrada de Patos/PB. Fez mestrado em Ciências da Educação, pela Unigrendal/Universites Global Education Network. 

Ainda durante a vida estudantil, passou um período de dois anos residindo na Casa do Estudante, frequentando cursinho preparatório Pré-Vestibular na Escola Dom Bosco em Mossoró-RN. 

Entrou na política em 1992, quando disputou pela primeira vez o cargo de vereador de sua cidade, onde ganhou e permanece até os dias atuais, ou seja, sete mandatos consecutivos. Foi Presidente da Câmara Municipal no ano de 1995, e foi chefe de Gabinete de Antônio Martins por duas oportunidades: nas administrações de Dr. Francisco Jácome de Mesquita, “Dr. Mesquita”, médico que reside e trabalha há muitos anos em Apodi.  

Foi filiado ao Partido da Frente Liberal(PFL), por vários mandatos, em seguida migrou pra o Democratas(DEM) e  desde a  campanha de 2016, está filiado ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro(PMDB), mas sempre manteve a mesma corrente a nível local, pois, nunca mudou de posição politica. 

Mas, sua maior vaidade vem por parte de seus três filhos: Talles Almeida e Sousa, concluiu o curso de Direito e já faz parte da OAB, com escritório de atendimento em Mossoró; Thaísa Almeida e Sousa, prestes a concluir o curso de Medicina e Tiago Almeida e Sousa acadêmico do curso de Ciências da Computação; todos eles estudantes em faculdades públicas, ou melhor, na Universidade Estadual do Rio Grande do Norte.

Como vereador, nunca votou contra os anseios do Povo de sua cidade. É autor de leis, como: Criou o cursinho Preparatório para o ENEM e IFRN para o ano de 2018,  criou o calendário de pagamento do terço de férias no mês do aniversário do servidor, ponto facultativo para o servidor no dia do aniversário do mesmo, isenção da taxa de inscrição em concurso Público Municipal a todos aqueles que não têm emprego Público e renda mensal de até meio (1/2) salário mínimo, dia do Evangélico (31 de outubro), obrigatoriedade de uma leitura Bíblica no início das sessões da Câmara, feriado Municipal no dia de todos os Santos (01 de novembro), Isentar as Associações Comunitárias da TIP “Taxa de Iluminação Pública”, criou a Tribuna Popular e também a Câmara Municipal Mirim; tem apresentado muitos requerimentos, indicações e solicitações de informações a administração e não tem deixado de apresentar emendas aos projetos de Leis oriundos da Prefeitura, tentando evitar descriminações e percas de direitos adquiridos dos funcionários;  transmissão ao vivo das sessões via facebook, aprovado este ano.

No ano de 2017, foi indicado pela quinta vez consecutiva para o prêmio “Destaque da Mídia”, entrega de comenda dos destaques da região que é realizada pela LOGOS, em Alexandria/RN.

domingo, 2 de agosto de 2015

Notas sobre a passagem de Lampião por Antônio Martins

Por José Romero Cardoso e Marcela F. Lopes


Quando da formidável marcha do bando de Lampião pelas veredas do oeste potiguar, intuindo objetivo maior, qual fora, atacar Mossoró, na época já considerada a segunda cidade do estado do Rio Grande do Norte, nenhum lugarejo sofreu mais que a localidade de Boa Esperança (hoje município de Antônio Martins).

Em 12 de junho de 2015 estivemos visitando a aprazível cidade, quando constatamos que continuam vivas as marcas deixadas pelo sinistro bando, não obstante mais de oitenta anos assinalarem a verdadeira faina maldita que deixou sinais evidentes de que as tristes horas jamais se apagarão da memória da simpática gente, embora a maioria não estivesse presente naqueles fatídicos momentos de terror e apreensão, tendo em vista que os mais velhos se responsabilizam pela transmissão dos fatos verificados naquele longínquo ano de 1927.


Lampião e seu bando posa em Limoeiro do Norte (CE), após ataque a Mossoró (Foto: reprodução)

Conversando com pessoas do lugar, houve ênfase ao que literato como Raul Fernandes, em A marcha de Lampião: Assalto a Mossoró, imortalizou em letras garrafais, pois, transmitidas de geração a geração, as histórias da presença do bando de Lampião em Antônio Martins denotam a perpetuação da memória sobre os mais absurdos atos ignominiosos perpetrados pelo banditismo rural sertanejo contra a indefesa população do lugar.

Boa Esperança em seu bucólico cotidiano esperava a banda da vizinha cidade de Martins, pois aproximava-se a festa do padroeiro Santo Antônio. Ao invés dos acordes amistosos, executando músicas tradicionais e conhecidas, despontou célere o bando de Lampião.

O lugarejo passou a ser literalmente revolvido, com cangaceiros se apossando de tudo e de todos, destruindo tudo que encontravam pela frente e praticando atos deliberados de vandalismo.


Cidadão de nome Vicente Lira foi aprisionado quando chegava à cidade. Lampião em pessoa colocou-o na frente da alimária. Pisoteado nos pés pelo animal montado pelo rei do cangaço, Vicente Lira segurou firme nas rédeas. Lampião não gostou, tendo desferido diversas cutiladas do seu punhal de lâmina perfurante no desditado sertanejo. Escapou milagrosamente, tendo morrido de morte natural muitos anos depois.

Irmãos que há tempos não se falavam foram amarrados em formigueiro. Seresteiro descontraído teve o violão enfiado cabeça a dentro, ficando o mesmo como espécie de colarinho.

Melancias foram atiradas contra frágeis cabeças, enquanto pulos do gato foram ensaiados, os quais consistiam em atirar para cima infelizes criaturas, para que as mesmas conseguissem, sem sucesso, a mesma performance dos cangaceiros quando das lutas nas caatingas.

Conceituado cidadão de nome Augusto Nunes teve armazém depredado, queimado, destruído na expressão literal do termo. Prejuízo incalculável que colocou por terra anos de trabalho árduo.

A esposa deste, de nome Rosinha Novaes, era preparada para seguir o bando, como refém. Já estava em cima de um burro quando gritou desesperada que se fosse na terra dela aquilo não aconteceria.

Indagada sobre qual terra era natural, tendo respondido ter nascido em Floresta do Navio, berço de cangaceiros e coiteiros, pertencente ao ramo dos Novaes, prima de Emiliano Novaes, serviu de senha para que o suplício maldito terminasse.

Lampião, avisado por Sabino Gório sobre a presença de uma pessoa da família Novaes em Boa Esperança, deu por encerrada a sessão de horror perpetrada pelos cangaceiros contra aquele povo pacato e trabalhador.

Boa Esperança deveu muito a Dona Rosinha Novaes pelo fim do terrível sofrimento que foi imposto pelo bando de Lampião quando de sua passagem inglória pelo simpático lugarejo.

A memória da população está acesa no que diz respeito aos malditos momentos que seus antepassados passaram nas garras do bando de Lampião, pois é consenso geral as amarguras deixadas pela horda comandada pelo mais audacioso cangaceiro de todos os tempos.

José Romero Cardoso e Marcela F. Lopes são professores e escritores